quinta-feira, 17 de maio de 2012

Bioquímica - Via das Pentoses e Regulação do Metabolismo

Via das pentoses
 
É também chamada de desvio da hexose monofosfato, e é uma via alternativa de oxidação (degradação de glicose), ou seja, importante via anaeróbica alternativa para a utilização de glicose. Esta via não é produtora de ATP mas é fonte de NADPH ( uma coenzima semelhante ao NAD).
 
A via das pentoses tem 2 funções básicas:
 
 
1- produção de pentoses – produz ribose 5-fosfato para a síntese de nucleotídeos componente do ácidos nucléicos que formam o DNA).
 
2- produção de NADPH- que é um agente redutor utilizado para a síntese de ácido graxos e dos esteróides (colesterol e seus derivados), e da manutenção da integridade da membranas da hemácias
          A via das pentoses é ativada no fígado, glândulas mamárias, tecido adiposo e nas hemácias. È uma via citoplasmática e anaeróbica. 
 
 
 
A via das pentoses pode ser dividida em duas etapas:
 
1- Fase oxidativa – produção de pentoses
 
2- fase não oxidativa- produção de intermediários para a via glicolítica. Na via das pentoses há a formação por exemplo de frutose 6- fosfato e gliceraldeído 3-fosfato que são intermediários da via glicolítica (glicólise).
 
A via das pentoses ocorre no citoplasma, como a glicólise (via glicolítica). As duas vias apesar de diferentes , estão intimamente ligadas através de compostos comuns: glicose 6-fosfato, frutose 6- fosfato e gliceraldeído 3-fosfato.
 
Regulação do metabolismo dos carboidratos:
 
O pâncreas é responsável por sintetizar dois hormônios de vital importância para a regulação do metabolismo, a insulina e o glucagon.
          A insulina é um hormônio produzido pelas células b das ilhotas de Langerhans (1 a 2% das células pancreáticas). A insulina é estocada em grânulos no citosol. As células b são sensores de glicose que percebe o aumento de glicose no sangue (por exemplo, depois de uma ingestão rica em carboidrato) e aumenta a secreção de insulina por exocitose. A insulina possui meia vida plasmática curta (aproximadamente 6 min. , após esse período ela é degradada pela enzima insulinase, presente no fígado e e em menor quantidade nos rins) o que permite alterações rápidas de nos níveis circulantes desse hormônio.
A insulina aumenta acaptação de glicose, síntese do glicogênio, de proteínas e de triacilgliceróis
 
          A insulina liga-se a receptores específicos de membrana celular da maioria dos tecidos, incluindo fígado, músculo e o tecido adiposo, o que promove uma cascata de reações. A insulina promove a entrada da glicose para dentro célula através de transportadores de glicose sensíveis à insulina (GLUT 4)
 
 
          A insulina provoca alterações na atividade enzimática que reflete no estado de fosforilação de proteínas existentes. A insulina também aumenta a quantidade de muitas enzimas, como a FFK (fofofrutoquinase), piruvato quinase (que ativa a Glicólise), a glicoquinase (que ativa a glicogênese).
          A síntese e a liberação de insulina pode ser diminuída pelo hormônio adrenalina, que é secretada em resposta a estresse, trauma ou exercício intenso.
 
 
 
          O glucagon é um hormônio produzido pelas células a das ilhotas pancreáticas. O glucagon, juntamente com a adrenalina, o cortizol e o hormônio do crescimento se opõe a muitas reações da insulina.
          A secreção do glucagon e estimulada por baixos níveis glicose na sangue (glicemia), e pela adrenalina. O glucagen liga-se a receptores nos hepatócitos. Essa ligação resulta na ativação da adenilil –cilcase, a qual produz um mensageiro secundário chamado de AMPc (AMP cíclico), resultando em uma cascata de sinais inibindo ou ativando enzimas por foforilação de enzimas chaves da regulação do metabolismo.
          O glucagon atua na manutenção da glicemia durante os momentos de hipoglicemia. O glucagon ativa a glicogenólise, a gliconeogênese.
 
 
 
 
 
 
 
A Medula da supra-renal- produz 2 hormônios: a adrenalina (ou epinefrina) e a noroadrenalina ( ou norepinefrina).
 
A adrenalina (ou epinefrina) - é sintetizada a partir da tirosina e permanece em vesículas no interior da célula, associada a uma proteína solúvel.
          A liberação de adrenalina é provocada por estímulo nervoso autônomo sobre a supra-renal em situações de perigo real ou imaginário, exercício físico, hipoglicemia e exposição a baixas temperaturas.
Uma vez lançada na circulação produz o efeito de catabolismo no metabolismo, promovendo a glicogenólise (quebra do glicogênio) hepático e muscular.
          Sobre o fígado produz aumento da glicemia (hormônio hiperglicemiador), enquanto para o músculo mobiliza a glicose para quando o músculo precisar (o músculo não repõe glicose para circulação).
A Adrenalina é degradada no fígado para fins de excreção urinária.
 
 
 
Na regulação da glicemia, os hormônios mais importantes são:
 
- Insulina – Hipoglicemiadora
 
- Adrenalina e Glucagon – Hiperglicemiadora
 

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